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Cada um de nós observa o mundo diante de suas próprias perplexidades. E também de sua sensibilidade. O mundo me fascina e sou observadora cuidadosa e atenta. A poesia e a dor da realidade. A música e o silêncio que tanto servem para meditar como para ensurdecer os sentidos. Um pouco de mim, muito de todos nós, basta querer revelar, com enorme sutileza. Minhas leituras, meus sons, minhas impressões, tudo ofereço a vocês, se assim o quiserem. E tudo diante da soberania e da Graça de Deus!

quarta-feira, dezembro 16, 2015

A TRAGÉDIA DA APOSTASIA
Por Eric Davis

Qualquer pessoa que tenha estado em uma igreja local por certo tempo está familiarizada com decepção. Coisas como críticas, fofoca e resultados abaixo do ideal são normais. E, em certo sentido, você se acostuma com isso.
Mas há uma coisa que parece nunca ficar fácil: quando um indivíduo que professou Cristo, esteve envolvido com a igreja e serviu em ministério abandona a fé, mais conhecido como “apostasia”. John Owen definiu apostasia como “rebelião e desobediência contínuas e persistentes a Deus e sua Palavra” ou “renúncia pública, final e total a todos os princípios e doutrinas centrais do cristianismo”.
Como a liderança de nossa igreja teve de lidar com isso recentemente, desejamos compartilhar algumas coisas que aprendemos com a tragédia da apostasia:
1. Nós aprendemos a chorar pelos apóstatas
A ferida é profunda e multidirecional. Há o choro pelo choque de tudo isso. Há o choro pela insensibilidade que os apóstatas mostram ao ministério que eles receberam. Frequentemente, eles evitarão seu cuidado e ministério com uma indiferença incisiva. Eles não conhecem sua dor ao derramar seu coração por eles em orações privadas. Muitas vezes, as pessoas em apostasia não acreditarão em você quando você diz que as ama. E nem se importarão.
Mais ainda: há o choro pela deslealdade a Jesus Cristo. Choro pela traição ao corpo de Cristo, pela traição às pessoas amadas envolvidas, pela dureza de coração, pelo testemunho destruído, os incrédulos que eles farão se perder e os crentes que eles desviarão. E o choro pelo castigo eterno que eles enfrentarão se não se arrependerem.

Se você chora pelos apóstatas, isso é algo bom. Pela graça de Deus, você ainda se importa e tem batalhado contra o constante avanço da insensibilidade.

2. Nós aprendemos que apostasia é muito comum
Recentemente, fui lembrado de que a apostasia é tão antiga quanto o universo. Satanás, que provavelmente estava entre o coro angelical que louvava a Deus por sua obra na criação (Jó 38.7), só usou suas palavras para destruição depois (Gn 3.1).

Então, há o Antigo Testamento, que é, em grande parte, a história da graça e juízo de Deus sobre uma nação apóstata.

Incrivelmente, depois de três anos gastos com o Senhor da glória, um dos doze de Cristo apostatou. E, além do doze, o desvio era algo comum: “E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele” (João 6.65-66).

O “muitos” no v. 66 sempre chama minha atenção. Não poucos, mas muitos, passaram a ser indiferentes à Sua Majestade. Incrível. Mas, também, normal.

É claro, na palavra do joio e do trigo, Cristo nos deixa saber que sempre haverá joio que se parece com trigo na igreja.

Os apóstolos também passaram por isso. Demas pareceu começar bem, sendo citado nas fileiras dos “cooperadores” de Paulo (Cl 4.14, Fm 23), somente para ser sufocado, mais tarde, pelos cuidados do mundo (2 Tm 4.10).

Se isso aconteceu com Cristo e os apóstolos, o que o povo de Deus deveria esperar hoje? “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé” (1 Tm 4.1).

3. Nós temos sido lembrados de que o povo de Deus tem um inimigo perverso
Quanto mais tempo passamos no ministério em igreja local, mais acreditamos em Satanás e demônios. Ataques à igreja locais saudáveis estão longe de ser uma coincidência neutra. É difícil não notar o dano sistemático e implacável que eles tentam provocar. E eles parecem nunca parar.

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).

Mas, por outro lado, seja encorajado se você enfrentar o ataque de Satanás. Como o Cristão de O Peregrino, o ataque de Apoliom significava que ele estava indo na direção certa.

4. Nós temos sido lembrados de que, porque a apostasia é comum, a liderança precisa dizer coisas duras
Quando eu penso na recente situação de apostasia, eu me arrependo de não ter dito algumas coisas mais duras para as pessoas. Isso teria evitado a apostasia? Esta teria sido a coisa fiel, embora desconfortável, a se fazer. “Leais são as feridas feitas pelo amigo” (Pv 27.6).

5. Nós temos sido lembrados de que todo cristão é chamado para ajudar a evitar a apostasia dos outros
“Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim” (Hb 3.12-14).

De acordo com essa passagem, a exortação mútua é um dos meios divinos de evitar a apostasia. E o escritor de Hebreus não está falando com cristãos de elite, mas com todos os cristãos. Ele os chama de “irmãos”. Uma das responsabilidades de tornar-se cristão é manter uns aos outros longe do abismo da apostasia.

***
Traduzido por Josaías Jr no Reforma21

terça-feira, dezembro 15, 2015

BOM DIA: Registre sua história

Celebramos o dia em que nascemos. Fazemos festa e recebemos "parabéns". Fazemos bem.

Há outras datas que aparecem no topo das celebrações, como o dia do nosso casamento (se foi o nosso caso), a noite da nossa formatura (num curso, por exemplo), a festa do nosso batismo (especialmente se foi em idade adulta), entre outras marcas guardadas na memória.

Devemos ir além. 

Nossa vida pode ser contada por datas importantes. Essas efemérides, coisas efêmeras que se passaram um dia conosco, ajudam-nos a contar as nossas vidas e a aprender a difícil arte da gratidão. A gratidão é um tônico que, tomado, nos catapulta para o futuro. Não deixe de agradecer as pessoas que tornaram possíveis aqueles eventos marcantes de sua vida. Se puder, nesse dia, fale bem deles para eles mesmos (se possível) ou para os outros. Eles trabalharam um dia por você. Faça algo por eles hoje, nem que seja dizendo apenas um "obrigado".

Quando agimos assim, vemos, como um poeta do século 6 antes de Cristo, que "desde os tempos antigos" Deus "trabalha para aqueles que nele esperam" (Isaías 64.4).

Além das datas normalmente candidatas, faça um calendário pessoal para sublinhar as que marcaram a sua trajetória.

Talvez esteja na lista a data de uma cirurgia, que lhe permitiu continuar vivo.

Quem sabe você precise registrar o dia em que mudou (de cidade ou de emprego).

Emoldure (se for o caso) a notícia da gravidez ou o primeiro ultrassom do seu filho, particularmente se foi longamente esperado.

Não seja amargo, colocando como ímã na geladeira os momentos trágicos. Deixe que eles se lembrem a si mesmos. Recorde e vibre com aqueles eventos que um dia envolverem desejos profundos, vitórias difíceis, sensações agradáveis.

Não deixe passar em silêncio a sua própria história, como se ela não existisse.

Bom dia!
Israel Belo de Azevedo
“Deus precisa de homens, — não gente
com frases altissonantes
mas cães, bons farejantes,
que farejem no presente
o odor da eternidade,
que inda que muito escondida,
seja caçada, seguida,
sem cansaço, à saciedade!”
Versos que um pároco de Hessen — a quem não conheço
— dedicou a mim, KARL BARTH: (Igreja e Mundo, janeiro 1926)

sexta-feira, setembro 16, 2011

O método “arrastão” de investigação científica

O método “arrastão” de investigação científica

Escrito por Ann Coulter | 12 Setembro 2011

Artigos - Ciência

Esse é o método “arrastão” de investigação científica. Os esquerdistas rapidamente cercam e humilham qualquer um que discorde deles.
A definição de inferno está sendo condescendida por idiotas. E lá devem estar os repórteres da MSNBC Chris Matthews e Contessa Brewer lhe soltando risadinhas por toda a eternidade por você não acreditar na evolução.
Quase um terço do meu best-seller de 2007, primeiro lugar no New York Times, Sem Deus — A Igreja do Liberalismo, é um ataque ao mito esquerdista da criação: a evolução darwinista. Apresentei os argumentos de todos os especialistas no campo, desde o retardado Richard Dawkins ao brilhante Francis Crick, e os confrontei.
Mas parece que os esquerdistas não querem argumentar.
Apesar da fixação obsessiva de Matthews, manifestada por sua constante em perguntar aos republicanos eleitos se eles acreditam na evolução, ao me entrevistar durante uma hora a respeito do Sem Deus — o mesmo livro que está repleto de ataques ao darwinismo — Matthews não me fez uma única pergunta sobre o assunto.
Aliás, nenhum esquerdista fez. Matthews sequer sabe o que é evolução.
Um ano mais tarde, em um debate entre presidenciáveis republicanos, Matthews pediu que levantasse a mão quem acreditava na evolução. A discussão estava proibida! Vai ver isso abre espaço para que fatos científicos, e não gracinhas de pátio de escola, venham à tona.
A evolução é o único assunto que é discutido exclusivamente na base do “Você acredita?”, permitindo apenas sim ou não. Que tal se jornalistas conservadores começarem a colocar um microfone na frente de candidatos liberais e perguntarem: “Você acredita na Bíblia, sim ou não?” “Um bebê na barriga da mãe é humano, sim ou não?” ou “Você acredita que adolescentes devam fazer sexo, sim ou não?”.
Esse é o método “arrastão” de investigação científica. Os esquerdistas rapidamente cercam e humilham qualquer um que discorde deles. Ficam perdidos quando seus apelos a posições ideológicas (que funcionam muito bem com eles próprios) não funciona com o resto do mundo.
Agora que o candidato republicano à presidência Rick Perry declarou que há “furos" na teoria da evolução — ou “gás", como noticiado originalmente pelo New York Times, antes de publicarem uma errata — está aberta uma nova rodada de escárnio a loucos fundamentalistas, ignorando-se quaisquer fatos.
Mas a verdade é que não foram os avanços do cristianismo (que é relativamente constante), mas da própria ciência, que desacreditaram completamente a teoria evolucionista de Darwin.
Esta semana, vamos considerar uma pequena fatia da montanha de evidências científicas refutando essa misteriosa religião da era vitoriana.

O mais devastador para os “darwimaniacos” foram os avanços na microbiologia desde a época de Darwin, revelando mecanismos incrivelmente complexos, que necessitam de centenas de partes funcionando ao mesmo tempo — estruturas celulares complexas, o DNA, mecanismos de coagulação sanguínea, moléculas e os pequeninos cílios e flagelos celulares.
De acordo com a teoria de Darwin, a vida na Terra começou com formas de vida unicelulares, que por meio de mutações aleatórias, acasalamento e morte, passavam para frente mutações desejáveis, em cujo processo ao longo de bilhões de anos levou à criação de novas espécies.
O teste (extremamente generoso) que Darwin propôs para sua teoria foi o seguinte: “Se fosse possível demonstrar que existe um organismo tão complexo que fosse impossível de ter sido formado por uma série de pequenas e sucessivas modificações, minha teoria cairia por terra”.
Graças aos avanços dos microscópios, milhares dos tais mecanismos complexos foram descobertos desde os dias de Darwin. Ele teve que explicar apenas dispositivos simples, como bicos e guelras. Se Darwin pudesse voltar nos dias de hoje e olhar através de um microscópio moderno para ver as funções internas de uma célula, ele iria prontamente abandonar a própria teoria.
É uma impossibilidade matemática que, por exemplo, todas as 30 a 40 partes de um flagelo celular — esqueça as 200 partes de um cílio! — poderiam ter surgido todas de uma vez por mutações aleatórias. De acordo com a maioria dos cientistas, tal ocorrência é considerada talvez menos provável do que o senador John Edwards se casar com Rielle Hunter, o “marco zero” do impossível.
Tampouco faria cada uma das 30 a 40 partes individualmente um organismo mais apto a sobreviver e se reproduzir; o que é o ponto central da engenhoca toda, se bem nos lembramos.
Como explica Michael Behe, bioquímico e autor do livro “A Caixa-preta de Darwin”, mesmo um mecanismo tão simples quanto uma ratoeira de três partes requer que essas três partes funcionem ao mesmo tempo. Senão você não vai ter uma ratoeira que pegue metade dos ratos que deveria pegar para conseguir a sobrevivência da lei do mais forte. Enfim, você não vai ter uma ratoeira.
Quanto mais aprendemos sobre moléculas, células e DNA — um conjunto de conhecimentos que alguns chamam de “ciência” — mais absurda se torna a teoria de Darwin. Como diria Bill Gates, o DNA “é como um programa de computador, mas muito, muito mais avançado que qualquer software já criado” (Além disso, o DNA não costuma travar quando estamos no meio da reprodução).
Os fanáticos evolucionistas preferem não ser convocados para explicar esses complexos mecanismos que, de acordo com o próprio Darwin, iriam refutar sua teoria.
Ao invés disso, fazem piadas sobre quem sabe a verdade. Dizem que discutir evolução significa acreditar que os homens viveram junto com dinossauros.
Os perseguidores de Galileu devem ter dado boas gargalhadas do fato de ele acreditar em Fred Flintstone.
É por isso que os “darwimaniacos” mais iluminados soam como cientologistas para poderem se ater à sua religião misteriosa.
Crick, ganhador do Prêmio Nobel por sua codescoberta do DNA, levantou a hipótese de que extraterrestres de inteligência superior mandaram células vivas para a Terra em uma espaçonave não tripulada, teoria exposta em seu livro de 1981, “Life Itself”.
Logo ele perdeu Deus por um fio!
Mas a solução de Crick obviamente demanda a seguinte pergunta: como os extraterrestres de inteligência superior evoluíram?
O biólogo populacional de Harvard, Richard Lewontin, disse que os “darwimaniacos” toleram “estórias bonitinhas mas incomprovadas” sobre a evolução e ignoram “a patente absurdidade de alguns de seus argumentos” por estarem comprometidos em criar uma teoria que exclui Deus. “Não podemos”, disse Lewontin “permitir um primeiro passo na direção do divino”.
Talvez se trocássemos o nome de “design inteligente” para Louis Vuitton para não assustar os “teofóbicos”, eles iriam admitir a verdade: A ciência moderna refutou a evolução darwinista.
Tradução: Luis Gustavo Gentil
Título original: The flash-mob method of scientific inquiry

sábado, setembro 10, 2011

Kenneth Erwin Hagin: O divulgador da Confissão Positiva

Kenneth Erwin Hagin: O divulgador da Confissão Positiva
[O poder do engano - Parte 2]
Por Marcos Batista Lopes

Kenneth Erwin Hagin nasceu em agosto de 1917, em McKinney, Texas, teve um parto prematuro com problemas cardíaco congênito. Hagin teve uma infância difícil e conturbada devido à falta de seu pai que abandonou a família quando ele era muito novo. Aos nove anos foi viver com os avós e aos dezesseis anos devido à uma enfermidade se encontrava muito debilitado em uma cama. Encontrou conforto através da leitura bíblica e teve uma interpretação que mudaria sua vida para sempre, afinal, segundo Hagin ele fora curado de sua enfermidade. Mas antes Hagin alega ter ido três vezes “em espírito” ao inferno. Mas segundo Hagin a sua segunda experiência foi algo que marcaria sua vida para sempre, e foi lendo a passagem de Marcos 11.23,24: “Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: “Levante-se e atire-se no mar”, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim será feito. Portanto, eu lhes digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá” (Bíblia NVI).

Em uma de suas obras ele relata com detalhes a sua experiência desta revelação[1]. Hagin diz que resistiu ao diabo de que não estaria curado e alega que de fato foi miraculosamente curado por Deus. Ele começa seu longo ministério em 1934 em uma igreja batista. Pertenceu às Assembleias de Deus até 1945. Conheceu o ministério de cura pelos anos 50 e finalmente em 1963 fundou seu próprio ministério – Kenneth Hagin Evangelist Association.

Em 1974 o seu ministério ganharia uma imensa notoriedade com o nascimento do seu instituto bíblico chamado –Rhema Bible Training Center, na cidade de Tulsa, Oklahoma, EUA. Um relato afirma quando se deu a ideia deste seminário:
“Quando o irmão Hagin ouviu certo ministro de renome dizer que 80% do que se ensina nas escolas de teologia convencionais não tem utilidade alguma, resolveu então concentrar seus esforços no sentido de estabelecer uma escola que ensinasse os 20% considerados úteis e práticos, e são esses ensinamentos que hoje fazem a grande diferença nas 33 Escolas espalhadas nos cinco continentes, 21 delas no Brasil.” [2]

No Brasil o Rhema chegou em 1999 e sua linha doutrinária da escola vem sendo pregada no país pelo casal Bud e Jan Wright. O ministério Rhema comenta o seu desenvolvimento no Brasil:
“O casal enviado pelo instituto dos EUA está no Brasil desde 1983. Foi esse casal que fundou em 1989 o primeiro Centro de Treinamento Bíblico Verbo da Vida, em Guarulhos. A partir daí, as escolas e igrejas Verbo da Vida se espalharam pelo Brasil e em 1999 o Ministério de Kenneth Hagin oficializou a relação com o Verbo da Vida transformando o CTBVV de Campina Grande, Paraíba, no primeiro Rhema Brasil. Em 2003 todas as escolas Verbo da vida passaram a se chamar Rhema Brasil.” [3]

A escola Rhema é de caráter interdenominacional e já formou mais de 30.000 alunos pelo mundo. Hagin produziu mais de 130 livros sobre a Confissão Positiva e são mais de 60 milhões de obras espalhadas pelo planeta. No ano de 2003, Kenneth Hagin faleceu e todo o seu patrimônio assim como seus ensinos deram continuidade com o seu filho, Kenneth Hagin, Jr.

É uma pena que milhões de evangélicos deem credito para uma dos maiores falsos mestres de todos os tempos. O poder do engano continuará seguindo o seu curso até a vinda de Cristo. Estejamos preparados.

VÍDEO: 
Veja no vídeo abaixo uma “ministração” de Kenneth Hagin. Muita histeria e nada do Evangelho.

Ter fé em Deus é bom para a Pátria?

Ter fé em Deus é bom para a Pátria?

D. Odilo P. Scherer - O Estado de S.Paulo - 10/09/11

A comemoração do Dia da Pátria, no aniversário da independência do Brasil, sugere uma reflexão sobre a relação entre Pátria e fé em Deus. A questão pode parecer inócua, mas não é, sobretudo quando pensamos em "partidos religiosos", ou em ideologias político-religiosas, que promovem violência em nome de Deus e se impõem, como totalitarismo asfixiante, sobre toda uma nação. É inegável que existem várias lamentáveis instrumentalizações da religião para fins não próprios dela. Proponho minha reflexão a partir da posição da Igreja Católica Apostólica Romana.
Tomemos a noção de "fé em Deus" não como algo genérico ou subjetivo, mas relacionada com um corpo de doutrinas, elaborado e professado oficialmente por determinada religião; afirmações e interpretações pessoais não podem ser atribuídas ao grupo religioso como um todo. A fé em Deus professada pela Igreja Católica está definida e explicada oficialmente no Catecismo da Igreja Católica; outros textos do Magistério eclesiástico explicitam ainda mais determinados aspectos da sua fé.
A comunidade política e a comunidade religiosa, embora se exprimam por estruturas visíveis, por vezes semelhantes, são de natureza bem diversa, quer pela sua configuração, quer, sobretudo, pela sua finalidade. São independentes e autônomas. A Igreja organiza-se com formas aptas a satisfazer as exigências espirituais dos seus fiéis e não pretende substituir-se ao Estado, ou à comunidade política; reconhece e respeita a competência desta para gerar relações e instituições para o serviço do bem comum temporal.
Portanto, a laicidade do Estado, entendida como separação de Poderes, autonomia e respeito pelas competências próprias de Estado e Igreja, fica plenamente preservada. Isso é bom, contanto que essa laicidade não seja usada como álibi para a imposição, aos cidadãos, da não religião como postura oficial, para cercear a liberdade religiosa, ou para discriminar cidadãos em função de suas convicções de fé. Compete ao Estado assegurar a todos os seus membros a liberdade de crer, ou não crer, e de expressar a sua fé, se forem religiosos.
Tenho plena convicção de que fé em Deus e amor à Pátria não se excluem, muito pelo contrário! Um bom cristão deve ser também um bom cidadão. Um mau cidadão, certamente, não é um bom cristão. Como pessoas de fé, estamos conscientes de que "não temos neste mundo pátria definitiva, mas estamos a caminho da que há de vir" (cf. Hb 13,14); mas também temos clara consciência de sermos membros de uma Pátria neste mundo; somos parte de um povo, com o qual nos identificamos e com cujo bem estamos - e devemos estar - inteiramente comprometidos.
Nossa convicção de fé, como cristãos e católicos, não pode ser desvinculada da edificação da comunidade humana, da qual fazemos parte. O ensino social da Igreja oferece as diretrizes para traduzir as luzes e os valores do Evangelho do Reino de Deus para o viver e agir quotidiano. Karl Marx - e outros com ele - interpretou de maneira equivocada o potencial da fé religiosa para a vida de um povo, ao qualificar, de modo simplista, a religião como ópio do povo...
Além de cumprirem os seus deveres cívicos, como os demais cidadãos, as pessoas de fé têm uma contribuição própria a dar para o bem da Pátria. A fé em Deus, bem entendida e manifestada publicamente, com suas convicções traduzidas em antropologia, moral e cultura, pode representar uma contribuição fundamental para o bem comum. Da fé em Deus decorre uma valiosa compreensão da pessoa e sua existência, do mundo e do convívio social, da economia e de todas as atividades humanas. Decorre também um alto conceito de dignidade da pessoa e de seus direitos inalienáveis, bem como um embasamento sólido para práticas de respeito, justiça e honestidade, tão necessárias ao convívio humano e às relações sociais.
A fé em Deus também é capaz de despertar e sustentar belas ações de caridade, compaixão e solidariedade; dificilmente nossas organizações religiosas deixam de estar ligadas a iniciativas de beneficência, de grande importância social, como obras sociais, escolas, hospitais e lugares de acolhida e cuidado de pessoas esquecidas ou rejeitadas pela sociedade. A fé em Deus, quando verdadeira, leva a uma aproximação sempre maior do Mistério Sublime e ao enlevo ante sua beleza - nasceram daí, e continuam a nascer, tantas expressões artísticas! E a esperança, decorrente da fé em Deus, longe de alienar das realidades presentes, é fonte de energias para enfrentar os desafios e as tarefas desta vida.
Na antropologia cristã, além disso, está presente aquilo que a globalização vai trazendo sempre mais à luz: nossa pertença a uma única família humana, à qual estamos ligados de maneira solidária. Cremos num único Deus e Pai de toda a humanidade; ele quer o bem de todos os filhos e que vivam como irmãos e em paz. Um povo não pode ser indiferente aos outros, nem deixar de se interessar pela sorte sempre mais compartilhada por todos os membros da comunidade humana. Limites territoriais, tradições culturais, diferenças raciais, heranças históricas e interesses econômicos, em vez de contrapostos, deveriam ser cada vez mais conjugados e harmonizados.
Quando se dá espaço para Deus, também o homem ganha importância; sua dignidade, seus direitos, a liberdade e o sentido de sua vida neste mundo não são diminuídos, mas iluminados e potencializados. A fé em Deus oferece bases sólidas para valores e virtudes que devem nortear a vida humana nas esferas privada e pública.
Ter fé em Deus e manifestá-la abertamente, indo às suas consequências éticas e culturais, é bom e faz bem à Pátria.
CARDEAL-ARCEBISPO DE SÃO PAULO

domingo, agosto 21, 2011

Um Cristão Admirável – George Müller

Um Cristão Admirável – George Müller

George Müller, nascido na Alemanha em 1805, tornou-se um cristão aos 20 anos de idade, após anos de turbulenta e rebelde adolescência. Ele tinha interesse em alcançar judeus e viajou a Londres para juntar-se à Sociedade Judaica de Missões. Lá ouviu sobre um rico dentista chamado Anthony Norris Groves que havia abandonado seu ofício para ir à Pérsia como missionário, dependendo de Deus para atender as suas necessidades.

Durante um breve descanso em 1829, no ocidente da Inglaterra, Müller encontrou e iniciou uma amizade para a vida toda com Henry Craik, que tinha sido tutor de Groves. Müller e Craik foram usados por Deus para fundar instituições, igrejas e associações que causaram impacto a centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo.

No ocidente da Inglaterra, Müller também se encontrou, casou-se com Mary Groves, uma irmã de Antony Norris Groves. Nessa ocasião, George havia abraçado totalmente os princípios da igreja seguidos pelos primeiros Irmãos. Ele foi além da maioria deles em sua política quanto ao dinheiro. Por exemplo: ele não aceitava ofertas quando saia para pregar, temendo dar a impressão que pregava por dinheiro. Quando ele rejeitava as ofertas, as pessoas algumas vezes queriam pô-las a força dentro do seu bolso, então ele fugia. Um homem "lutou" com Müller até que ele aceitasse o dinheiro que o mesmo queria lhe dar!


MÜLLER E O DINHEIRO

Müller criou um regulamento fixo em que nem ele nem seus auxiliares jamais deveriam pedir a qualquer indivíduo qualquer coisa em particular, para "que a mão do Senhor pudesse ser claramente vista". Mas ele pedia ao Senhor que movesse pessoas para ofertar. Uma vez, quando um homem fez um grande donativo, Müller, muito satisfeito, visitou-o para agradecer; então mostrou ao homem a anotação em seu diário quando, meses antes, começou a rogar a Deus que aquele homem pudesse dar aquela quantia específica!

O historiador Roy Coad observa, todavia, que "a lenda popular" tem escondido um tanto da natureza prática de Müller. "A lenda enfatiza um lado da moeda: a intensidade da confiança de Müller. Muitas vezes o outro lado tem sido esquecido – que os fundos para suprir a necessidade vieram de homens e mulheres que eram coparticipantes com Müller de sua fé em Deus”.

Reflexão

“Nunca me lembro, em toda a minha trajetória cristã, de um longo período (em março de 1985) de 69 anos e quatro meses, de não ter procurado, sincera e honestamente, saber o desejo de Deus nos ensinamentos do Espírito Santo, com o auxílio da Palavra de Deus, mas sempre fui corretamente direcionado.

Mas se faltar a honestidade de coração e a lealdade a Deus, ou se não esperar pacientemente pelas instruções de Deus, ou preferir o conselho do homem, meu companheiro, em vez das declarações da Palavra de Deus, estou cometendo um grave erro.” 
GEORGE MÜLLER

A. E. C. Brooks, compilador, Answers to Prayer, from George Muller´s Narratives (Moody Press, na folha de rosto)

quinta-feira, agosto 18, 2011

CHEGA DE COITADISMO… CHEGA DE BENÇOÍSMO…

CHEGA DE COITADISMO… CHEGA DE BENÇOÍSMO…

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 21.8.11

Tempos atrás escrevi a pastoral intitulada “Vender não pode, comprar pode”. Nela disse não entender por que vender drogas é crime, e comprá-las, não. O vendedor é criminoso e o comprador é um doente, um coitado. Sem apologizar drogas (é só ler a pastoral), perguntei se o vendedor não seria um farmacêutico vendendo o remédio necessário.
O psiquiatra e escritor inglês Anthony Daniels deu entrevista à “Veja”, sob o sugestivo título “Eles têm culpa, sim”. Ele critica a vitimização da pessoa que usa drogas. E defende a responsabilização dos viciados. São pessoas que fizeram opções. Ele chama os intelectuais que defendem a vitimização de “desonestos” (eu chamo de ingênuos), e diz algo que eu disse em vários artigos: a influência do Iluminismo e de Rousseau, falando sobre a bondade do homem: o homem é bom, puro, e a sociedade é que o corrompe.
Diz Daniels: “Não sou religioso, mas considero a visão cristã de que o homem nasce com o pecado original mais realista”. Se ele é religioso ou não, não vem ao caso. O que vem ao caso é que o cristianismo é lúcido, coerente e é a única visão de vida completa.
Boa parte do caos da sociedade é que as igrejas pararam de pregar sobre o pecado e chamar as pessoas ao arrependimento. É só bênção! Tudo para atrair as pessoas. Querem fidelizar clientes e não anunciar “todo o conselho de Deus” (At 20.27). Os homens precisam se arrepender de seus pecados. “Arrependei-vos e crede” foi  a pregação do Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17), e da igreja primitiva (At 2.38).
Pastores e igrejas que pregam bênçãos ao invés de pregarem o arrependimento dos pecados e a fé em Jesus estão indo contra a Bíblia, prejudicam os pecadores, e iludem-se a si mesmos. Estão mais preocupados consigo, com seus ministérios, inchando-os e tornando-se figurões, que com o destino final dos pecadores.  A maior necessidade do ser humano é de ser perdoado por Deus e acertar a vida com ele. “Não há paz para os ímpios”(Is 48.22).
A mesma revista publicou, tempos atrás, entrevista com o pensador Luiz Pondé. Inspirou-me a pastoral “Santos entre taças de vinho”. O filósofo, não cristão,  ressaltou o valor da doutrina cristã do pecado e da presença do mal na vida das pessoas. É curioso que não cristãos estejam vendo o que igrejas e pastores não veem: é preciso advertir as pessoas sobre o pecado e sobre o poder do mal. Quando homens sem Deus têm mais lucidez espiritual que os homens de Deus, estes precisam consertar seus passos.
Chega de coitadismo! O homem é pecador e é responsável por sua vida. E chega de bençoísmo! A mensagem que a igreja deve pregar é a de chamar as pessoas a se reconciliarem com Deus!